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Parte integrante das análises que estão sendo realizadas na pesquisa do estágio pós-doutoral, este artigo discute de que maneira, em que medida e em quais sentidos, através da conjunção entre ancestralidades, memórias, pluriepistemologias e interculturalidades, é possível efetivar processos de produção de conhecimento no contexto da educação básica. Neste sentido, as discussões e questões apresentadas ao longo do artigo dialogam, de alguma maneira, com outras análises sobre a descolonização do pensamento, forma de produção de conhecimento que, em diálogos permanentes com as nossas tradições culturais e com os saberes populares que emergem e se relacionam com os povos e comunidades indígenas e quilombolas, visam contribuir nos processos de (re)educação das relações de sociabilidades culturais para que (re)aprendamos ou (re)elaboremos as nossas percepções enquanto sujeitos históricos, principalmente, no cômputo dos processos de (re)descoberta, identificação e fortalecimentos das identidades socioculturais. O campo onde a pesquisa está sendo realizada é formado pelas comunidades remanescentes de quilombo Arara, Volta Miúda, Helvécia e Rio do Sul; indígenas Pataxó das Aldeias Cahy, Corumbauzinho e Boca da Mata; e Pataxó Hã-Hã-Hãe da Aldeia Renascer localizadas na região Extremo Sul do estado da Bahia. Neste texto, apresento, parcialmente, um recorte da pesquisa realizada nas comunidades remanescentes de quilombo Arara e Volta Miúda e indígenas Cahy, Corumbauzinho Boca da Mata e Renascer.